Com as crescentes discussões sobre mudanças climáticas, neutralidade de carbono e ESG, um tema ganha cada vez mais espaço no mundo corporativo: os créditos de carbono. Mas você sabe como eles funcionam na prática? E o que a sua empresa pode — ou deve — fazer a respeito?
O que são créditos de carbono?
Créditos de carbono são títulos que representam a redução ou remoção de uma tonelada de CO₂ da atmosfera. Empresas, governos ou projetos que conseguem reduzir suas emissões (ou capturar carbono da natureza, como por meio de reflorestamento) podem gerar esses créditos e vendê-los no mercado.
Funciona como uma “moeda ambiental”: quem polui, paga; quem ajuda o meio ambiente, recebe.
Como isso se aplica às empresas?
Empresas que emitem gases de efeito estufa podem:
- Reduzir diretamente suas emissões, investindo em energias limpas, eficiência energética e processos sustentáveis;
- Comprar créditos de carbono no mercado voluntário ou regulado para compensar as emissões que ainda não conseguem eliminar.
É uma forma de atingir metas de neutralidade climática, melhorar a imagem institucional e, em muitos casos, evitar penalidades futuras.
O que diz a legislação brasileira?
O Brasil ainda está construindo seu mercado regulado de carbono, mas algumas normas e diretrizes já existem:
- O Projeto de Lei nº 2.148/15, em tramitação no Congresso, visa criar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE);
- A Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.187/2009) já prevê mecanismos de compensação e metas de redução;
- Estados como São Paulo e Pará já criaram seus próprios programas de crédito de carbono;
- O setor de agronegócio e floresta (REDD+) também é destaque no mercado internacional de carbono.
Além disso, empresas que atuam internacionalmente já enfrentam exigências de parceiros e governos estrangeiros sobre metas ambientais e compensação de emissões.
Compensa economicamente?
Sim. Em vez de pagar multas ambientais ou ficar fora de contratos internacionais, empresas que adotam práticas sustentáveis e investem em projetos de carbono têm acesso a incentivos, linhas de crédito verdes e vantagens comerciais.
Além disso, há empresas especializadas em gerar, certificar e negociar créditos de carbono, o que torna o processo mais seguro do ponto de vista jurídico e técnico.
Exemplo prático
Uma empresa de logística pode mapear suas emissões e, enquanto substitui sua frota por veículos elétricos, compensar parte das emissões atuais comprando créditos gerados por um projeto de reflorestamento na Amazônia.
Esse tipo de iniciativa pode ser apresentado em relatórios ESG, atrair investidores e até evitar questionamentos do Ministério Público ou de órgãos ambientais em futuras fiscalizações.
Os créditos de carbono não são mais uma tendência distante: já fazem parte da realidade de empresas que desejam se manter competitivas, sustentáveis e em conformidade legal.
Investir em carbono é investir no futuro — da sua empresa e do planeta.
Como podemos ajudar?
A Verde e Progresso é especialista na implementação da Agenda ESG. Estamos prontos para orientar sua empresa na adoção de práticas modernas, sustentáveis, socialmente responsáveis e economicamente viáveis.
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